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We Want Mashiach Now!

Ad Matai!

Queremos Ver o Nosso Rei!

SHECHEM (ISRAEL) — Rabino Yitzchak Guinsburg, Yeshivá "Od Yossef Chai".

Guimel Tamuz possui uma conexão mais profunda do que qualquer outro dia quanto ao desejo de "Nós queremos ver o nosso Rei", Kevod Kedushat Admor, Melech HaMashiach. Nós tentaremos explicar como este conceito está relacionado especificamente a este dia.

No Sêfer Yetsirá, é explicado que cada mês está relacionado a um determinado sentido. O mês de Tamuz está relacionado à visão. Similarmente, com referência às Tribos, Tamuz se relaciona com a Tribo de Reuven, cujo nome também significa o dom da visão, já que Reuven significa Reu (vejam) e Ben.

A Chassidut explica que toda a essência do indivíduo é atraída pelo que o seu olho vê. Nosso desejo é ver o Rebe com nossos olhos físicos em todo o seu esplendor e glória. Este aspecto de ver o Rei, por sua vez, faz com que a essência da alma seja incorporada ao corpo do Rei.
Além do mais, nos encontramos no terceiro dia de Tamuz. De acordo com o princípio de que "três vezes adquire a condição de chazacá" (tem uma força maior), nós agora temos uma chazacá no aspecto da visão e no desejo de ver.

Baseado na instrução de "Viver com o tempo", nós encontramos um interessante denominador comum entre as porções do Chitas estudadas no Guimel Tamuz no Beit Rabeinu ShebeBavel [770], Korach, e em Erets Israel, Chukat. Ambas as porções terminam com o sentido da visão. O Chitas da Parashat Korach conclui: "E eles viram, e cada um tomou o seu bastão". Nós vemos que foi especificamente o bastão de Aharon que floresceu. A Chassidut explica que o bastão representa a habilidade para realizar a shelichut de cada judeu que vem através do Nassí — Moshe Rabeinu.

Há dois fatores que compreendem esta shelichut. Primeiro, ver e entender o que constitui o bastão de Aharon; segundo, perceber o que constitui o bastão da própria pessoa, quer dizer, saber qual é a sua shelichut individual. Similarmente, este conceito é repetido no Chitas estudado em Erets Israel: "Ele olhava para a serpente de cobre e vivia". De modo semelhante, na guerra contra Amalek (cuja guematria equivale a safec — dúvida) precisava haver uma contemplação de Cima. Isto se deve à intrínseca conexão entre eles. O veneno da dúvida causou muitas baixas entre o povo de Israel. Quando Hashem ordenou a Moshe Rabeinu: "Faça para ti uma serpente abrasadora e coloque-a sobre uma haste", o versículo afirma: "Quem for mordido deverá olhar para ela e viverá". Porém, quando Moshe fez a serpente, a palavra usada é Vehibit, "ele olhava", em contraste a "olhar" usado no versículo anterior. Rashi explica que a palavra "olhar" denota leshem shamáyim. Assim, também, nós devemos olhar para Hashem através de Moshe Rabeinu, através do Rebe, MH”M, então todos veremos a serpente de cobre que significa a emuná em Mashiach e em Techiat HaMetim. Através desse olhar nós veremos que "Vachai"; não apenas "Yechi" (no futuro), mas "Vachai" (no presente). Já que o Rebe disse que nós precisamos abrir os nossos olhos e então veremos Mashiach como nossos olhos físicos.

Como já mencionamos anteriormente, o sentido da visão está ligado com o mês de Tamuz. Nós apenas precisamos "olhar a serpente de cobre" e veremos o Vachai, que o Rebe MH”M vive e perdura. Yechi Adoneinu não é meramente uma prece, mas um fato inequívoco. Tudo isso depende do nosso olhar. Este é o meio pelo qual nós entendemos o “Vachai”.

O Rebe falou no dia 28 de Nissan sobre as intensas luzes de Tohu sendo atraídas dentro de recipientes de Tikun. Baseado na explicação mencionada acima, nós também podemos ajudar a explicar estas palavras. Sobre a expressão "A nossa vontade é ver nosso Rei", nós sabemos que "Não há nada que se oponha à vontade". Isto significa que se nós queremos algo de verdade, certamente seremos bem-sucedidos. Se não somos bem-sucedidos, isto em si é uma prova de que não o queríamos de verdade. Isto é o que o Rebe disse na Sichá. Se gritássemos "Ad Matai" com sinceridade, nós certamente já teríamos merecido a chegada de Mashiach.

Do mesmo modo, se quiséssemos de verdade ver nosso Rei, então certamente o teríamos visto com nossos olhos físicos. O fato de que nós não o vemos demonstra que é devido à insuficiência de nosso desejo. A Chassidut explica que Ratson é Tohu. De fato, nada se opõe à Ratson, que possui a habilidade de quebrar todas as barreiras (Ufaratsta, que tem o valor numérico igual a 770). Kelim deTikun significa Bitul (anulação). Ao anular os nossos desejos e vontades em favor da vontade de Hashem, e, de modo similar, anulando a nossa ratson em favor da ratson do Rebe. Ainda que cada um precise ter a sua própria vontade para ver o Rebe, já que o Rebe falou que passava a questão para nós, mesmo assim a pessoa deve cumprir isto com um completo bitul (kelim detikun) ao Rebe, com o conhecimento de que toda a nossa existência é a do Rebe; nós não possuímos importância separados, chas veshalom.

Resumindo: Muito embora isto deva se tornar a nossa forte vontade, não obstante nós precisamos adquirir um completo bitul aos desejos do Rebe e devemos sentir que toda nossa shelichut é cumprir a vontade do Rebe.

Este é o caminho para causar a revelação do Rebe MH”M.

Yechi Adoneinu Moreinu VeRabeinu Mélech HaMashiach Leolam Vaed.