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Ad Matai!

Por que "Melech HaMashiach"?

 
A Revista Beis Moshiach refere-se ao Rebe como Melech HaMashiach. Nós pedimos para o Vaad HaRuchni que explicasse a importância de referir-se ao Rebe com o título “Melech HaMashiach”. Por que não basta dizer “Adoneinu Moreinu VeRabeinu”? Que impacto o uso de MH”M causa aos leitores?
Nova York — Entrevista a Avrohom Raynitz.

Desde que Beis Moshiach foi fundado, 13 anos atrás, as palavras ou o acrônimo para Melech HaMashiach são regularmente usados para se referir ao Rebe. Algumas pessoas desejam saber por que fazer isto repetidamente? É necessário?

Rabino Liberow: Esta pergunta geralmente é feita sobre identificar quem é Mashiach. As pessoas dizem que nós acreditamos que o Rebe é Mashiach, mas por que é importante dar publicidade e ênfase a isso?

A resposta é simples. Se não fosse importante, o Rebe MH”M não mencionaria isto em suas sichot. Se você estuda as sichot do Rebe, você sabe que, nos últimos anos, o Rebe começou a citar regularmente o Bartenura que diz: “Em cada geração nasce alguém da descendência de Yehudá apropriado para ser o Mashiach para o povo judeu”.

O Rebe também citou o Chatam Sofêr sobre “Uma pessoa que é apropriada, pela sua retidão, para ser o redentor, e quando chegar o momento, Hashem Se revelará para ela e a enviará”.

Quem se lembra das sichot dos primeiros anos sabe que estas citações não eram nada típicas até os anos mais recentes. Desde 5751, o Rebe considerou importante mencioná-las repetidamente. Se isto é importante para o Rebe, então deveria ser importante para todos os chassidim que os alunos identifiquem seus mestres como Mashiach, e muito mais ainda (como o Rebe observa na sichá de Tazria-Metsorá de 5751), que os próprios Tanaím ensinavam em seus nomes — esta prática tem origem no tempo da Guemará, como é trazido no tratado de San’hedrin.

Desde a revelação da Chassidut, quando o conceito de Nassí HaDor ficou mais conhecido, a identificação do Nassí HaDor como Mashiach também começou a se intensificar.

Em Shabat Parashat Nassó de 5720/1960, o Rebe disse que já na época do Rebe Rayats eles falavam sobre chassidim que acreditam que o Rebe é Mashiach.

No que se refere ao nosso Rebe, primeiro isso era de forma implícita, mas quanto mais caminhávamos em direção à Gueulá, mais aberto ficava. Sim, havia coisas que impediam isso, mas, diferentemente dos primeiros anos, quando os obstáculos permaneciam durante anos, a partir de 5751, até mesmo quando havia obstáculos, eles não duravam mais de algumas semanas.

Inicialmente, durante este período (5751), quando as pessoas perguntavam se deveriam fazer certas atividades relacionadas com Mashiach, alguns receberam um “sim” como resposta, e outros receberam um “não”. Se alguém fazia algo primeiro e só depois informava o Rebe, ele recebia como resposta: “basta me informar, como é óbvio”, e ele recebia bênçãos para prosseguir.

Mais tarde, especialmente depois de 27 de Adar, mesmo quando a pessoa que perguntava queria na verdade uma resposta negativa, ela não a recebia. Por exemplo, no grande evento de Yud Shvat de 5753, algumas pessoas pediram para que o Rebe não aparecesse em público na sacada, pois isto seria interpretado como seu consentimento à proclamação de “Yechi”. O Rebe assim mesmo saiu e publicamente encorajou o cantar de “Yechi” para o mundo, e milhões de pessoas assistiram a isso.

O que isso nos diz? Que quanto mais nos aproximamos da revelação de Mashiach, a identidade dele se torna uma parte integrante do assunto. Há coisas que são associadas a determinadas épocas, por exemplo, as leis de Chanucá. Nesta época do ano elas não são pertinentes, mas perto da época de Chanucá elas são! O mesmo é verdade com as leis sobre Mashiach. Até os últimos anos, elas não eram tão práticas, mas desde que o Rebe afirmou que “o tempo de vossa redenção chegou”, estas são leis práticas.

O mesmo é verdade com o nome de Mashiach. No passado, ele não era tão necessário. Quanto mais nos aproximamos da verdadeira e completa Redenção, isto fica cada vez mais importante.

Em Elul de 5753, o Rebe concordou pela primeira vez que a introdução de um livro publicado pela Kehot devesse incluir as palavras “Melech HaMashiach”. Desde então, dezenas de livros da Kehot foram publicados com o título do Rebe como “Kevod Kedushat Admor Melech HaMashiach Shlita”.

Uma vez que o Rebe aprovou a escrita de “Melech HaMashiach” em uma publicação oficial de Lubavitch, aquele que pergunta por que isso é importante é como alguém perguntar, depois de Yud Shvat de 5711, depois de o Rebe ter aceitado a impressão de “Kevod Kedushat Admor Shlita” — qual é a importância de escrever isto sobre o Rebe...

Rabino Shapiro: junto com as citações do Bartenura e do Chatam Sofêr, o Rebe também mencionou algumas vezes que “os chassidim em cada geração acreditavam que o seu Rebe fosse Mashiach, e em nossa geração — o Rebe, meu sogro”. Em anos posteriores, o Rebe também usou “Mashiach Tsidkeinu” junto com “Nassí Doreinu”, e muitas vezes nós ouvimos o Rebe dizer “Nassí Doreinu, Mashiach da geração.”

O Rebe assim disse oralmente e por escrito, como na sichá de Shabat Parashat VaYeitsei de 5752. Depois de citar o Bartenura e o Chatam Sofer, o Rebe acrescentou de próprio punho: “e em nossa geração, Nassí Doreinu, o Rebe, meu sogro”.

Visto que “a pessoa tem de usar as palavras de seu mestre”, obviamente há razão para se referir ao Rebe como Melech HaMashiach. Naqueles anos, o Rebe também explicou algumas vezes a qualidade de Mashiach, que ele é a yechidá klalit [alma geral] (e depois ele acrescentou que Mashiach é o étsem ha’neshamá [essência da alma]).

Se você olhar a sichá de Toldot de 5752, verá que o Rebe fala de uma nova avodá que é derivada do fato de que o assunto de Mashiach é étsem ha’neshamá, acima do nível de yechidá. Isto significa que o conhecimento de que Mashiach é o étsem ha’neshamá é algo que é pertinente à avodá, a cada detalhe da avodá de uma pessoa. Isto é, que tudo é feito para “trazer Yemot HaMashiach”.

Quando todo o assunto de cabalat ha’malchut começou, eu sentei em um Kinus HaShluchim [conferência de emissários do Rebe] com alguns shluchim dos velhos tempos, e um deles disse: Nós já escrevemos uma carta de hitcashrut para o Rebe, em 5710. Por que precisamos aceitar o malchut [reinado] dele novamente? Eu respondi: Em primeiro lugar, a maioria das pessoas que estão aqui em volta da mesa não havia nascido em 5710, e aqueles que haviam nascido eram crianças. Eles nunca assinaram uma carta de hitcashrut para o Rebe. Em segundo lugar, uma vez que algo novo relativo ao Rebe foi revelado, o cabalat ha’hitcashrut que foi assinado antes não é o suficiente para hoje. Nós precisamos nos conectar ao aspecto que agora foi revelado no Rebe.

Rabino Springer: No Kuntres Beit Rabeinu SheBeBavel, o Rebe se refere (nota de rodapé 58) ao S’dei Chemed, que escreve que em cada geração eles procuraram quem é o Mashiach e, “dessa forma, foi presumido em cada geração quem era!” O Rebe conclui: “E tudo isso é óbvio”.

Até mesmo nas gerações anteriores eles viram a necessidade de olhar e ver quem era apropriado para ser Mashiach naquela geração, para fortalecer o sentimento de antecipação e a crença na vinda de Mashiach.

Se assim era nas gerações anteriores, muito mais ainda na nossa geração, quando o Rebe profetizou que esta é a geração da Redenção. A poucos momentos antes da revelação, é claro que temos de divulgar para todo mundo quem é Mashiach — “e tudo isso é óbvio”. Especialmente quando o Rebe mencionou repetidamente que “o Nassí HaDor é o Mashiach da geração”, “ele legislou sobre ele”. O próprio Rebe disse várias vezes que “o nome de Mashiach é Menachem”.

Não há nenhuma dúvida de que se o Anash usasse a sua energia para disseminar o que está mencionado nas sichot, o mundo as aceitaria e também acreditaria que o Rebe é Mashiach. Os discípulos do Rebe, nós chassidim, precisamos ser os primeiros a tornar isso público.

Rabino Lipsker: Antes de todas as explicações, precisamos dizer uma coisa simples: esta é a verdade! Visto que o Rebe é Mashiach, nós temos de escrever assim porque é a verdade.

Esta pergunta foi feita em 5751, com a movimentação para cabalat ha’malchut do Rebe MH”M. As pessoas que se opuseram ao uso do título “Melech HaMashiach” para o Rebe tentaram apresentar a posição delas como chassídica. Elas citaram os Rebeim, dizendo que para os chassidim não há nada mais elevado que “Rebe”.

Esta opinião veio junto com a história do chassid que foi indagado se o Rebe dele tem rúach ha'codesh [inspiração Divina]. Ele disse que isso não era negócio dele. Se o Rebe precisasse de rúach ha'codesh, ele certamente o teria; se ele não precisasse, ele não se importaria de não ter. Esta história expressa a idéia de que, para um chassid, o Rebe não é medido pelas qualidades. A sua maior qualidade é que ele é Rebe.

Para falar a verdade, no princípio eu não tinha uma boa resposta para esta pergunta e este ponto de vista. Eu sabia apenas que se era importante para o Rebe mencionar que o Nassí HaDor é o Mashiach da geração, então certamente havia aqui um grande assunto.

Nós chassidim precisamos seguir o Rebe e usar esta expressão para se referir a ele.

Porém, em Shabat Parashat Toldot, o Rebe começou uma das sichot com as seguintes palavras: “É necessário acrescentar e corrigir”, e o Rebe explicou que o nível de Mashiach não é apenas a yechidá klalit do povo judeu, porque “yechidá” é um dos cinco nomes da neshamá e, como tal, não é o próprio étsem. A qualidade especial de Mashiach é que ele literalmente revela o “étsem ha’neshamá”. Este é o “verdadeiro assunto de Mashiach”. Isto foi um chidush [inovação] enorme. Até então, nós sabíamos que Mashiach era a yechidá klalit, e olhando para isso desta forma, havia razão para dizer que “Mashiach” não é maior que “Rebe”, porque o Rebe também é a yechidá klalit, e o que precisamos além de um Rebe? Porém, depois que o Rebe estabeleceu que Mashiach é “o étsem do povo judeu que está acima do aspecto de yechidá”, obviamente há algo mais especial sobre Mashiach. Considerando que o Rebe também é Mashiach, o que significa que ele revela o étsem ha’neshamá, certamente é importante mencionar isto repetidamente, pois fazendo assim nós despertamos e revelamos este ponto.

É interessante notar o que está escrito em Vayicrá Rabá: “E Ele chamou Moshé. O que diz antes? A porção anterior trata do Mishcan, onde ela conclui: ‘como Hashem ordenou a Moshé’. Uma analogia a um rei que ordenou ao seu criado ‘construa um palácio para mim’. Em tudo o que ele construiu, escreveu o nome do rei. Ele construiu paredes e nelas escreveu o nome do rei. Ele erigiu pilares e escreveu neles o nome do rei. Ele ergueu vigas e escreveu o nome do rei nelas. Mais tarde, o rei entrou no palácio e para onde olhava ele via o nome dele escrito. Ele disse: Meu servo me deu toda essa honra, e eu estou dentro e ele está fora?! Eles mandaram ele entrar. “Assim também, quando Hashem disse a Moshé: Construa um Mishcan para mim; em tudo o que ele fez, escreveu: como Hashem ordenou a Moshé. Hashem disse: Moshé Me deu toda essa honra e Eu estou dentro e ele está fora?! Eles mandaram ele entrar, e por isso está escrito: ‘E Ele chamou Moshé’”. A aplicação da analogia é óbvia!

Você pensa que quando os leitores desta revista vêem referências ao Rebe MH”M repetidamente, isto influencia a conduta chassídica deles? Quer dizer, isto tem conseqüências práticas?

Rabino Shapiro: Trinta anos atrás, nós sentamos em um farbrenguen com um dos grandes mashpiim, e ele disse que se nós realmente acreditássemos que o Rebe é Mashiach e que nos encontramos nos dalet amot dele (isto é, na presença dele), nós pareceríamos completamente diferentes; o nosso comportamento, como lidamos com os assuntos do Rebe seria completamente diferente. Na hora em que o mashpia falou, isso causou um grande impacto em nós.

Quando uma pessoa lê a frase “o Rebe Melech HaMashiach” uma vez após a outra, isto pode inspirá-la a se comportar como um chassid de Melech HaMashiach. Isto está de acordo com o que Rebe disse no final da sichá de Vaerá de 5752: “O conhecimento de que o Rebe, meu sogro, Nassí Doreinu, estará entrando imediatamente (uma vez que ‘levantem e cantem aqueles que jazem no pó’) e olhará para cada um dos chassidim e mekusharim para examinar a postura deles, etc., inspira e influencia a pessoa para finalizar e completar (da raiz “shlemut”, perfeito) todas as nossas ações e avodá”.

Quando um chassid encara como fato que o Rebe é Melech HaMashiach, e ele acredita na revelação dele e anseia por ela a qualquer momento, isto afeta a sua emuná e anseio por Mashiach em geral.

Isto fica mais real para ele e afeta a sua avodá, de forma que tudo o que ele faz é com a consciência de que Mashiach está prestes a aparecer!

Em um nível mais profundo, pode-se dizer que o título RebeAdoneinu Moreinu VeRabeinu — inclui vários níveis, com cada palavra expressando outro aspecto do Rebe e, por conseguinte, na conexão dos chassidim com o Rebe.

Adoneinu” expressa o bitul [anulação] de um servo ao seu amo. “Moreinu VeRabeinu” expressa dois aspectos de bitul de um aluno diante de seu mestre.

Melech HaMashiach” expressa o grande bitul do povo ao rei. Este é um bitul maior e mais profundo que o bitul de um servo ao seu amo.

Mas nós não podemos nos satisfazer vivendo com a realidade de que o Rebe é Mashiach e que, como resultado, nos anulamos ao Rebe. Nós precisamos fazer o mundo saber que o Rebe é Mashiach e ficar anulado a ele da forma adequada.

O Rebe falou assim no maamarVeAtá Tetsavé”, que, enquanto houver um judeu para o qual a luz Divina não brilhe, o tsadic que logrou alcançar os níveis mais sublimes precisa estar “esmagado” e quebrado pelo fato de que a luz da Divindade ainda não está completamente revelada no mundo.

O mesmo se aplica a nós. Enquanto o mundo inteiro não acredita que o Rebe é Mashiach e não está anulado às diretivas dele, estamos desprovidos do conceito de “Rebe”, o bitul e devoção ao Rebe MH”M.

Em Keter Shem Tov, na famosa carta em que o Baal Shem Tov descreve o seu encontro com Mashiach, conta que Mashiach disse para o Baal Shem Tov que a revelação dele se realizará quando “sua identidade estiver revelada no mundo”. Isso significa que, junto com a disseminação das fontes, a identidade do Nassí HaDor deve ser revelada no mundo. Isto é concretizado quando divulgamos a identidade do Rebe como Mashiach, revelando-o assim para o mundo.

Isto deveria ser óbvio para um chassid. Os chassidim sempre falaram aos outros sobre o Rebe. Todos concordam que nós deveríamos divulgar o Rebe. Mas alguém pode perguntar: Por quê? O que nos importa se as pessoas sabem do Rebe? Quando o Rebe nos deu esta tarefa? Ainda assim, todos os chassidim de Chabad alegremente falam do Rebe para os outros.

O ponto é que, para que o assunto Rebe seja experimentado por nós em sua plena medida, precisa ser desta forma para o mundo. Quanto mais trabalhamos em “revelar a sua identidade para o mundo” e conectar cada vez mais os judeus ao Rebe, nós nos afetamos, fazendo que nós mesmos estejamos mais conectados com o Rebe.

Rabino Lipsker: Normalmente, quando falam sobre a declaração de “Yechi”, as pessoas mencionam o que o Rebe disse sobre acrescentar vida ao rei, etc., mas nós não podemos nos esquecer do significado mais básico da proclamação de “Yechi HaMelech” — que as pessoas aceitem a autoridade do rei!

O mesmo se aplica a escrever “Rebe MH”M”, que expressa cabalat ha’malchut. Quando um chassid lê ou escreve isso e pára por um momento para pensar no seu significado, ele entende que precisa aceitar o reinado do Rebe. Como o elemento mais básico de aceitar o reinado é “aceitem os meus decretos”, isto fortalece a resolução da pessoa para cumprir todas as horaot [instruções] do Rebe.

Rabino Springer: Como antes foi explicado aqui, nós somos meticulosos quanto ao uso do título “MH”M” porque estamos muito próximos da Redenção completa. Em outras palavras, quando um chassid vê as palavras “Rebe Melech HaMashiach”, isto o inspira a pensar sobre estarmos em uma era diferente da de 20 anos atrás. Nós estamos em uma era tão próxima da vinda de Mashiach que escrevemos abertamente sobre o Rebe usando as palavras “Melech HaMashiach”!

Este pensamento, sobre estar tão próximo da vinda de Mashiach, definitivamente inspira um chassid para melhorar o seu comportamento chassídico em avodat hatefilá e, especialmente, disseminando a iminente Redenção e preparando o mundo para receber Mashiach.

Pela natureza humana, quando você está esperando o rei e você sabe quem ele é, suas emoções são mais fortes e aumentam a cada dia. Nós vemos que aqueles que estão envolvidos na disseminação da identidade de Mashiach são aqueles que estão entusiasticamente envolvidos em todos os assuntos do Rebe: estudando Nigle e Chassidut, avodat hatefilá, e mivtsaim.

Isto é assim porque ao viver com o fato de que o Rebe é Mashiach, cada dia que passa faz você pensar: Como pode passar outro dia e o Rebe ainda não estar aqui?! Isto é imediatamente traduzido em ação em todas as coisas que o Rebe disse que apressam a Gueulá.

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