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Ad Matai!

O Que Diz o Rebe?

NOVA YORK (EUA) — Rabino Shmuel Butman, Matê Mashiach HaOlamí.

Ainda que estudar as Sichot devesse ser uma prática regular, com muita
freqüência precisamos revisar o que é básico

Muitas semanas atrás houve uma série de artigos publicados num dos jornais diários em Israel, sobre a crença dos chassidim de Lubavitch de que o Rebe Melech HaMashiach nos tirará da galut [exílio]. Nenhum deles tratou com seriedade da verdadeira pergunta: Que tem o Rebe para dizer? Qual é a posição do Rebe sobre Mashiach e gueulá [Redenção]?

Quem quer que esteja interessado em ver a verdade, descobrirá que o Rebe não somente encorajou a "atividade" Mashiach, mas que o próprio Rebe foi um dos que iniciaram esta atividade. Como a Chassidut afirma: não foi de maneira milmata lemaala, mas num modo de milmala lemata. Isto é claro e inequívoco: O Rebe deu início a isto. Foi o Rebe quem começou.

Em seu primeiro discurso oficial em Yud Shevat de 5711, o Rebe diz explicitamente que sua função, assim como o propósito da "sétima geração" era "terminar todo o trabalho" e, verdadeiramente, trazer a gueulá.

"Mashiach" não é "uma das coisas do Rebe" ou mesmo "uma das coisas mais importantes". O Rebe sempre encarou Mashiach como a coisa mais essencial. É a meta e o propósito definitivo da criação como um todo!

Tudo aquilo que o Rebe tem dito, seu trabalho que a tudo abrangia, toda a Torá, tefilá e tsedacá, todos os Maamarim e Sichot, toda a Torá que ele disse e escreveu (que atinge 200 volumes!) todos os inúmeros projetos e mivtsaim que a humanidade jamais testemunhou antes — tudo isto é para o propósito de "todos os dias de sua vida para trazer os Dias de Mashiach". O Rebe explicou que todos os dias de sua vida deve consistir numa só coisa — trazer, verdadeiramente, os dias de Mashiach (Sêfer HaSichot 5752, vol. 1, pág. 111). Isto não é algum assunto do Rebe, mas o próprio Rebe, por inteiro.

O Rebe atribuiu esta tarefa a cada um de nós: "A única coisa que posso fazer é passar isto para vocês: façam tudo que estiver ao seu alcance para verdadeiramente trazerem, imediatamente, Mashiach Tsidkeinu!" (28 de Nissan de 5751, Sêfer HaSichot, vol. 2, pág. 474). Ademais, o Rebe disse, em nome do Rebe Anterior, que ele designa cada judeu desta geração para ser seu shaliach [emissário] na disseminação da Torá, do judaísmo e da Chassidut e para a vinda da verdadeira e completa gueulá (Sêfer HaSichot , 5752, vol. 1, pág. 109).

Com relação aos nossos tempos, repetidas vezes o Rebe disse que esta é a "última geração da galut e a primeira geração da gueulá" (primeiro Maamar do Rebe, "Bati Legani" 5711, e numerosas vezes depois disto), e que toda a avodá foi terminada e completada e estamos prontos para saudarmos David Malka Meshicha" (Sêfer HaSichot, 5752, vol. 1, pág. 39). E o Rebe ressalta: "que a única coisa que resta agora na avodat ha’Shlichut é verdadeiramente saudar Mashiach Tsidkeinu, de forma que ele possa mesmo preencher sua Shlichut [missão] e conduzir o povo judeu para fora da galut" (ibid., pág. 111).

Infelizmente, temos de esclarecer o seguinte, em termos inequívocos: existe uma pequena minoria que tem obtido atenção da mídia independentemente da quantidade e do significado de seus integrantes, somente por causa de seu extremismo! Este grupo usa vários termos ("boreinu", etc.) que não podem ser achados entre os chassidim que seguem os ensinamentos de nossos Rebeim.

Ainda que Rabanei Chabad tenham já lidado com isto, muitos "amigos" de Lubavitch saltaram sobre a presa e se "regozijaram". Disse Shlomo HaMelech: "Não há nada de novo sob o Sol". Criticar todos os membros de Lubavitch por causa de uns poucos indivíduos desorientados evoca-nos tempos mais obscuros. É o que os anti-semitas sempre fizeram ao longo das gerações. Quando percebem um judeu agindo de maneira inadequada, logo dizem: "Todos os judeus estão errados".

Com relação à identidade de Mashiach, o Rebe fez mais do que uma insinuação sobre quem exatamente é o redentor. Seguem-se apenas algumas das palavras do Rebe:

1) "O Nassí [líder] da geração é o Mashiach da geração" (Simchat Torá 5746, etc.). E quem é o Nassí da geração? Em Shabat Parashat Tazria 5751, o Rebe disse-nos exatamente o que tinha em mente ao dizer "Nassí da geração". Disse o Rebe que para saber de fatos relativos a "Melech HaMashiach e assuntos sobre a gueulá" precisamos estudar assuntos sobre gueulá como são detalhadamente discutidos na Torá escrita, na Guemará, nos Midrashim, em Chassidut e especialmente na Torá dos Rebeim, nossos líderes, e especialmente em "Likutei Sichot do Nassí Doreinu" (Sêfer HaSichot Hei 5751, vol. 2, pág. 501). O Rebe não enfatiza o livro "Likutei Torá" ou "Likutei Diburim": ele ressalta "Likutei Sichot". Todo mundo sabe que à época havia quase 30 volumes de Likutei Sichot do Rebe!

Não é preciso que você seja um matemático mundialmente famoso para compreender que um ("o Nassí da geração é o Mashiach da geração") mais um ("Likutei Sichot do Nassí de nossa geração") igual a dois..

2) "770 é a guematria [valor numérico] de ‘Beit Mashiach’"
(Sêfer HaSichot 5752, pág. 374, nota de rodapé 29). O quartel-general
do Rebe é Beit Mashiach — a casa de Mashiach.

3) Com relação às palavras de Rambam nas Leis de Reis, "e ele constrói o Micdash no seu lugar", pergunta o Rebe: "Por que ele está nos recontando que a construção do Beit HaMicdash é em seu lugar? Por outro lado, Por que ele não especifica o lugar e diz ‘e ele edifica o Micdash em Yerushalayim’?

Responde o Rebe: (Kuntras Beit Rabeinu ShebeBavel, Sêfer HaSichot 5752, vol. 2, pág. 864) "Aquele ‘lugar’ também sugere o lugar de Melech HaMashiach durante a galut (...) isto é, que enquanto ele está na galut (...) Melech HaMashiach edifica um Micdash (em miniatura) que é semelhante ao Micdash em Yeruhalayim e é como ele (...) como modo de preparação para o futuro Micdash que será revelado lá [na galut] primeiro, e de lá retornará com Hashem e o povo judeu para Yerushalayim".

4) "Com referência àquilo que se diz no Midrash (Yalkut Shimoni Yeshaya remez 499): quando Melech HaMashiach vier e se postar nos telhados do Beit HaMicdash e informar o povo judeu e disser ‘humildes, chegou a hora da vossa redenção — isto significa: nos telhados do Beit HaMicdash meat — Santuário em miniatura — que está na diáspora o qual está no lugar do Micdash em Yerushalayim... pois depois que o futuro Micdash for revelado e vier para baixo, não haverá sentido em informar o povo judeu de que "chegou a hora da vossa redenção" (ibid., pág. 468, nota de rodapé 83).

Não há nada a debater — o Rebe o diz muito claramente: "Melech HaMashiach" (isto é claro!) "se posta sobre os telhados do Beit HaMicdash — o Santuário em miniatura na diáspora" (será que vocês ainda não compreendem?) e diz: "chegou a hora da vossa redenção" (ainda resta algo a ser dito?).

O Rebe acrescenta um asterisco à margem da página e acrescenta: "com base nisto o diyuk se tornará doce (isto é, será compreensível) "ficar de pé no telhado do Beit HaMicdash" — porque "os telhados... não foram santificados" (Rambam, Hilchot Beit HaBechirá, capítulo 6, halachá 7), "que alude à diáspora visto que a compara à santidade de Érets Yisrael".

Tudo isto foi editado pessoalmente pelo Rebe, e ele disse que deveria ser publicado em conexão com a construção a ser feita para expandir o Shul do Rebe no 770.

5) O Rebe sentou-se "no telhado do Beit HaMicdash em miniatura na diáspora" e encorajou o canto de "Yechi Adoneinu Moreinu VeRabenu Melech HaMashiach Leolam Vaed" com movimentos de cabeça, mão e o corpo inteiro — diante do mundo todo (como foi registrado por emissoras de rádio e TV) durante mais de um ano! Poderia haver algo de mais óbvio? Isto também aconteceu antes, quando o Rebe deixou Shul após as orações em Iyar de 5751 (disponível em vídeo).

6) Muito falou o Rebe a respeito de o nome de Mashiach ser Menachem,
o que, muito embora seja uma Guemará explícita (San’hedrin 98b),
e "Menachem é somente um dos quatro nomes de Mashiach" (que
aparece lá na Guemará) — não ouvimos o Rebe pronunciar que "Yanai
é seu nome" ou "Chanina é seu nome" ou "Shilo é seu nome". Sempre
foi "Menachem shemó".

7) O Rebe explicou o significado da proclamação "Yechi" dizendo o seguinte: "A haftará da semana passada conclui com a proclamação
de "Yechi adoni HaMelech David Leolam" — a eternidade do reinado de David que prosseguiu com o reinado de Shlomo, cuja perfeição será
vista com Melech HaMashiach que é da "casa de David e dos descendentes de Shlomo" — o conteúdo desta proclamação é a revelação da existência de Melech HaMashiach. Por meio disto, e seguindo-se a isto,
vem sua revelação diante de todos mediante suas atividades, etc. (Sêfer HaSichot 5752, vol. 1, pág. 133.)

Para evitar o erro (mesmo para aqueles que querem errar!) de dizer que isto só fala de David HaMelech, de acordo com o significado simples do texto, o Rebe explica que o passuk está falando (também) sobre a "eternidade do reinado de David" e ele prossegue dizendo "que sua perfeição será vista com Melech HaMashiach" que é da ‘casa de David e dos descendentes de Shlomo"’. Assim, o próprio Rebe está explicando-nos que o significado da proclamação de "Yechi é "a revelação da existência de Melech HaMashiach".

8) O Rebe escreve, em 27 de Shevat de 5752, exatamente trinta dias antes de 27 de Adar de 5752 (a data do primeiro derrame) (Sêfer HaSichot, 5752, vol. 2, pág. 376) — que a frase que termina os farbrenguens, que Mashiach deve vir "miyad mamash (literalmente, "imediatamente") aponta para algo específico: a palavra "miyad" é
um acrônimo para os nomes dos líderes de Chabad das últimas três gerações: "Mashiach (Menachem é seu nome), Yossef Yitschak, e Dovber (segundo nome do Rebe Rashab)". E o Rebe acrescentou que isto é de acordo com "a ordem de sua proximidade para conosco". É interessante observar que o último parágrafo foi manuscrito pelo próprio Rebe!

O Rebe sabia de tudo, tudo antecipava, e via todas as ramificações de tudo que dizia e fazia! E o Rebe falou, escreveu, organizou para edição, e fez imprimir as coisas do modo mais claro. Tudo isto deixa claro que os chassidim de Chabad não inventaram isto por sua própria conta. Estão apenas repetindo o que o Rebe já disse, e o que o Rebe escreveu, e o que o Rebe editou, e o que o Rebe mandou imprimir!

O Rebe afirmou explicitamente que ele nos diz tudo isto como um naví (profeta): "até a profecia principal, a profecia de ‘lealter ligueulá’ e imediatamente "eis que ele (Mashiach) vem.’" E o Rebe esclarece: "que isto também é com a fala (‘niv sefatayim’ é a idéia de nevuá) como tem sido o hábito até agora, de dizer as coisas com palavras, incluindo, e em especial — que eis que Mashiach vem". (Sêfer HaSichot, 5751, vol. 2, pág. 297-397). E o Rebe acrescenta que ele diz sua profecia "não somente no papel de um sábio e juiz, mas como um naví, o que significa que é algo absoluto" (ibid., nota de rodapé 116)

Feliz é a geração que tem Hashem revelando Seus segredos por meio de Seus servos, os profetas!

Esta crença, segundo a qual o Rebe é o redentor, e que o redentor é o Rebe, penetra profundamente na alma de um chassid e é a base de sua conexão íntima e essencial com o Rebe. Todo chassid tem de saber que este tópico diz respeito ao cerne de tudo, e que qualquer desvio daquilo que o Rebe tem dito e feito, mesmo da maneira mais tênue, poderá levar a resultados altamente indesejáveis. Esta emuná peshutá [fé pura] relativa ao ponto fundamental é o que liga, eternamente, chassid e Rebe. Pode-se dizer que este é o teste da sétima geração sobre a qual se diz "Muitos serão esclarecidos, tornados alvos e purificados" (Daniel 12:10).

É preciso ser extremamente cuidadoso quando se trata destes assuntos, mesmo coisas que parecem exatamente como um "mashehu" (um pontinho). Meu pai, z"l, costumava dizer que quando se divide um "mashehu" em mil partes, cada parte continua sendo um "mashehu"; e chamêts, que tem conotação oposta à de emuná, é proibido bemashehu.

Quanto a divulgar esta idéia, disse o Rebe: "Divulguem a todos os homens da geração que merecemos que Hashem tenha escolhido e designado uma pessoa com livre-arbítrio, que por si mesma é incomparavelmente maior do que as pessoas de sua geração, que ele seja ‘seus juízes’ e ‘seus conselheiros’ e o profeta da geração(...)" (ibid., pág. 297). O Rebe fala aqui de divulgação em nível mundial, de forma que sua profecia da gueulá alcance a humanidade como um todo, em todos os continentes, países e cidades, todos os partidos, estratos sociais e divisões sociais. Como afirmou o Rebe, para todas as pessoas da geração.

Tudo isto nos mostra que se quisermos conhecer qual é a posição do Rebe com relação a Mashiach e gueulá, temos de abrir os livros do Rebe e então veremos, nitidamente, de uma maneira direta, o que o próprio Rebe disse.

O mesmo Rebe que nos acalmou durante a Guerra dos Seis Dias, durante a Guerra do Golfo, e antes que um furacão atingisse a Flórida; o mesmo Rebe que estava — e está — preocupado com as necessidades de cada judeu e as do mundo inteiro, e o que quer que ele diga se torna verdade — é o mesmo Rebe que nos diz, como uma clara profecia, como emissário de Hashem, a quem Hashem revelou Seu segredo a seus servos, os profetas (Amós 3:7); que Hashem quer demonstrar que gueulá não é sonho ou fantasia de um dia num futuro incerto, mas algo atual, real e tangível que está sendo realizado agora! Daí porque o Rebe nos informou que tudo está pronto, tanto a gueulá como o goêl [Mashiach]. A única coisa que precisamos tomar cuidado é — que nós também estejamos prontos para a gueulá.

Deve-se notar que todos os chassidim de Lubavitch concordam quanto a este ponto. Não faz muito que isto apareceu em documentos assinados pelos Rabanei Chabad e pelos representantes de várias organizações Chabad do mundo todo. No parágrafo inicial, eles escreveram: "Nassí doreinu ruach apeinu Mashiach Hashem" e eles concluíram com "e possamos nós merecermos ver aqui o Rebe entre nós e ele nos redimirá".

No último Maamar que recebemos, até hoje, em Purim Catan 5752, o Rebe fala extensivamente sobre Moshé Rabeinu, o "pastor fiel" ou "pastor de fé", que "sustentou e nutriu emuná". À primeira vista, isto parece estranho, as coisas mais incríveis, tais como tirar o povo judeu do Egito, dividir o mar, combater Amalêc, dar a Torá etc., são mencionadas só em termos gerais, A única coisa que é plenamente discutida é que "ele sustentou e nutriu a fé do povo judeu". Porque é assim?

A resposta é que este é o ponto fundamental que tudo inclui. Se você tem emuná, você tem tudo. Prossegue o Rebe, explicando que esta emuná é tal que "ele sacrifica sua vida por ela". Ele traz uma prova de Mordechai que foi o pastor fiel de sua geração assim como Moisés foi o de sua geração.

Vamos pensar nisto — o Maamar foi distribuído doze dias antes de 27 de Adar Rishon de 5752. O Rebe sabia que em Purim ele não estaria numa posição de "reunir todos os judeus". Em Purim Catan o Rebe congregou os judeus e deu a cada um, "dos jovens aos velhos, crianças e mulheres" — no decorrer de cinco horas, este Maamar assim como dois dólares para tsedacá. E qual foi o tópico do Maamar? Que Moshé Rabeinu, o pastor de fé, é aquele que sustenta e nutre a fé! E que se precisa de messirut nefesh para emuná!

Ademais, o Rebe sabia que seria o último Maamar na galut, e esta é a mensagem que o pastor fiel dá a seu rebanho e o pai amoroso a seus filhos: seja forte em sua emuná, a ponto de messirut nefesh! Esta mensagem é igual para todos. Ela rompe divisões e fronteiras. Este é o segredo de nossa existência, e esse é o segredo de nossa gueulá.